A Starlink, serviço de banda larga via satélite da SpaceX, registrou um salto expressivo de desempenho ao longo de 2025. Entre janeiro e outubro deste ano, a companhia afirma que a velocidade média de download avançou 51,7%, enquanto o upload cresceu 66,7%.
No início de 2025, a rede entregava em média cerca de 145 Mbps de download e algo próximo de 18 Mbps de upload. Em outubro, esses números passaram para pouco acima de 220 Mbps de download e mais de 30 Mbps de envio de dados. A latência permaneceu estável, na casa dos 26 ms.

Os dados foram apresentados pelo vice-presidente de engenharia da empresa, Michael Nicolls. Segundo ele, o ganho de performance resulta de duas frentes: otimizações de software aplicadas à rede e aumento da capacidade orbital com mais satélites em operação. “As velocidades típicas já superam os 200 Mbps e seguem em alta conforme novos satélites vão sendo ativados”, afirmou o executivo.
Pico de evolução no meio do ano
A empresa informou à imprensa que o avanço mais visível ocorreu entre julho e agosto, período em que foram feitos upgrades globais na infraestrutura.
Esse movimento antecede a chegada da próxima geração de satélites, a Starlink V3, cujo início de operação está previsto para 2026 e deverá ocorrer a partir de lançamentos com os foguetes reutilizáveis Starship, também da SpaceX. A nova frota é projetada para permitir conexões de até 1 Gbps.
Expansão da frota de satélites Starlink e da base de clientes
A Starlink já colocou em órbita mais de 10 mil satélites; cerca de 7,4 mil estão ativos e corretamente posicionados. Hoje o serviço está disponível em mais de 150 países.
Globalmente, a companhia diz atender mais de 7 milhões de assinantes. No caso do Brasil, a Starlink afirma ter superado a marca de 600 mil usuários somando clientes residenciais e corporativos. Já os dados públicos da Anatel para agosto mostram 422 mil acessos, diferença que a empresa atribuiu ao uso de metodologias distintas de contagem e períodos diferentes de apuração.
Conexões em escolas e áreas remotas
A operadora ligada a Elon Musk também informou ser responsável pela conectividade de mais de 7 mil escolas públicas em todas as regiões brasileiras. Segundo a companhia, a maior penetração per capita ocorre no Norte e na Amazônia Legal, onde o serviço tem sido utilizado para levar Internet a comunidades isoladas, unidades de saúde e frentes de emergência em locais sem infraestrutura de fibra óptica.